Expansão dos segmentos de self e fancoil anima fabricantes

O segmento de água gelada registrou crescimento de 6,5% no primeiro trimestre de 2014, em relação ao mesmo período do ano passado, fortalecendo o mercado fancoils. 

Outro dado animador para os fabricantes de ar condicionado central foi a expansão do mercado de sistemas do tipo self contained, cujo crescimento nos primeiros três meses deste ano atingiu 10%, segundo a Abrava (Associação Brasileira de Refrigeração, Ar Condicionado, Ventilação e Aquecimento).

“Nos últimos anos, ambos os setores perderam espaço em projetos de pequeno – e até de médio – porte para os sistemas de fluxo de refrigerante variável (VRF), mas o mercado de ar condicionado central tem crescido de forma gradual em função de investimentos feitos em shoppings, hospitais, arenas esportivas, indústria petrolífera e grandes prédios de escritórios”, avalia o engenheiro mecânico Ricardo Facury, diretor comercial da Traydus. 

Diferentemente dos mini-splits ou VRFs, os projetos que contam com condicionadores centrais são capazes de atender a qualquer tipo de necessidade ou especificação técnica.

“Ambientes que necessitam de rígido controle de vazão de ar, filtragem, temperatura, umidade, taxa de dióxido de carbono, quantidade de ar exterior e outras variáveis dificilmente podem ter condicionadores individuais, pois as normas técnicas de conforto (NBR-16401) e segurança para hospitais (NBR-7256) são atendidas mais facilmente com fancoils ou selfs”, lembra o executivo. 

Segundo o engenheiro de aplicação das Indústrias Tosi, Marcos Santamaria, os sistemas de expansão direta (self contained e splitões) têm custo de aquisição e instalação mais baixo por tonelada de refrigeração (TR) e tempo de instalação mais rápido. 

“Já a linha de expansão indireta (fancoils), por ser dependente de uma infraestrutura de fornecimento de água gelada com chillers e bombas, tem custo de instalação mais caro por TR e maior tempo de instalação”, explica. 

Em contra partida, lembra o especialista, os fancoils proporcionam, normalmente, maior confiabilidade e custos de manutenção mais baixos, visto que os sistemas frigoríficos ficam centralizados em poucos equipamentos, diminuindo sensivelmente a quantidade de compressores em operação por capacidade de refrigeração.